segunda-feira, 29 de setembro de 2008

[Nota informativa.] Volta do sexo livre.

Tentando reviver um "frankenstein" dos anos 70 com os anos 80, misturando sexo livre (inclusive de inteligência.¬¬) com o boom da AIDS no Brasil, os jovens brasileiros entraram em uma onda suicida muito idiota: o bareback (sexo sem camisinha).

Essa prática consiste em um tipo de "roleta russa humana", em que um grupo de pessoas se reúne para fazer sexo sem camisinha e, entre elas, há uma soro-positivo. Deu meio que para sacar do que se trata, certo?...

A questão que fica na cabeça é: por quê? Há tantas formas de se matar, por que logo acabando com a vida de outras pessoas? Tá, algum zé ruela vai dizer que pelo menos morre com prazer (¬¬), mas mesmo com essa afirmação não vai deixar de ser um retardado e um zé ruela.

Refletindo sobre esse assunto em meu humilde lar, chegamos a uma conclusão aterradora: eles são o futuro do país! Não romanticamente falando, mas isso é mais que real! Eles são a juventude em vigor, são nossos próximos adultos, são os futuros governantes. Se eles continuarem a se contaminar, a juventude estará perdida!... Bem... as deles já estão, né?...

Agora, a segurança no sexo, que já devia ser algo de gigante importância, deve ter atenção redobrada!
Garotas, tomem cuidado! Nada de sexo sem proteção!
Garotos, idem!
O mundo lá fora está crescendo em periculosidade, e para alguns menores de 16 anos, pode ser assustador! Então, muuuuito cuidado com convites, promessas e falsas certezas.

Tudo bem que sexo antes dos 16 anos deveria ser até proibido, e não falo isso por puritanismo ou caretice, mas porque alguém com menos de 14 anos nada mais é do que criança, e dos 14 aos 16 não se sabe o que quer. Aos 17 ou mesmo 18, muitos também não sabem o que querem, mas presume-se certa responsabilidade pelos seus atos. E tal responsabilidade não deve estar mergulhada em egoísmo! Ela vem acompanhada da responsabilidade social que todos temos. E isso quer dizer não sair contaminando Deus e o mundo, se você não "conseguiu" evitar pegar uma doença grave!



Mais sobre esse assunto:
- http://www.terra.com.br/istoe/1719/comportamento/1719_pacto_mortal.htm
- http://www.desejosecreto.com.br/seguro/seguro18.htm


Olho vivo, viu, galera? E não entrem em ondas como essa. Se você tem algum problema pessoal que não consegue resolver sozinho, a melhor pedida não é sair por aí transando com qualquer um, na esperança de pegar HIV. Procure ajuda. Há várias formas de você se ajudar e ser ajudado. ;) Vamos fazer uma contra-corrente. Não alimentem essa moda. Ela não cai bem.



Sem teorias. Au revoir, gentes. ;}

domingo, 21 de setembro de 2008

Pesquisas e surpresas.

Em uma das minhas expedições pela internet, desta vez à procura de "sonetos de Bocage", encontrei algo que vale toda a pesquisa e todas as pesquisas do dia de hoje! (Quem sabe as de amanhã também não entram na brincadeira?? =P)

Lá estava, pronto para leitura: Bocage - sonetos eróticos.
Eu não me fiz de rogada, obviamente! (666) E lá fui, para entender direito do que se tratava. (Não, não estou me fazendo de inocente ¬¬, mas é que nunca havia visto um soneto erótico de Bocage, e sempre gostei dos sonetos dele, então... não sabia o que esperar.)

Bem. Aqui posto os que mais me impressionaram. Impressionem-se vocês também! xP



[SONETO DO MEMBRO MONSTRUOSO]

Esse disforme, e rígido porraz
Do semblante me faz perder a cor:
E assombrado d'espanto, e de terror
Dar mais de cinco passos para trás:

A espada do membrudo Ferrabrás
De certo não metia mais horror:
Esse membro é capaz até de pôr
A amotinada Europa toda em paz.

Creio que nas fodais recreações
Não te hão de a rija máquina sofrer
Os mais corridos, sórdidos cações:

De Vênus não desfrutas o prazer:
Que esse monstro, que alojas nos calções,
É porra de mostrar, não de foder.



[SONETO (DES)PEJADO]

Num capote embrulhado, ao pé de Armia,
Que tinha perto a mãe o chá fazendo,
Na linda mão lhe foi (oh céus) metendo
O meu caralho, que de amor fervia:

Entre o susto, entre o pejo a moça ardia;
E eu solapado os beijos remordendo,
Pela fisga da saia a mão crescendo
A chamada sacana lhe fazia:

Entra a vir-se a menina... Ah! que vergonha!
"Que tens?" — lhe diz a mãe sobressaltada:
Não pode ela encobrir na mão langonha:

Sufocada ficou, a mãe corada:
Finda a partida, e mais do que medonha
A noite começou da bofetada.



[SONETO AO ÁRCADE FRANÇA]

No canto de um venal salão de dança,
Ao som de uma rebeca desgrudada,
Olhos em alvo, a porra arrebitada,
Bocage, o folgazão, rostia o França.

Este, com mogigangas de criança,
Com a mão pelos ovos encrespada,
Brandia sobre a roxa fronte alçada
Do assanhado porraz, que quer lambança.

Veterana se faz a mão bisonha;
Tanto a tempo meneia, e sua o bicho,
Que em Bocage o tesão vence a vergonha:

Quis vir-me por luxúria, ou por capricho;
Mas em vez de acudir-lhe alva langonha
Rebenta-lhe do cu merdoso esguicho.


[Na passagem "Bocage, o folgazão, rostia o França.", o sentido de "rostir", além de surrar, esbofetear, roçar, esfregar-se em, bolinar ou mesmo desonrar moralmente, pode muito bem aludir ao sexo oral ou anal, pouco importando se o tal França fosse o árcade ou outro mais jovem, já que o objetivo é expor o satirizado ao ridículo. E, gente, Bocage era gay, viu? =P]



[SONETO DA DONZELA ANSIOSA]

Arreitada donzela em fofo leito,
Deixando erguer a virginal camisa,
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras sutis pachacho estreito:

De louro pêlo um círculo imperfeito
Os papudos beicinhos lhe matiza;
E a branca crica, nacarada e lisa,
Em pingos verte alvo licor desfeito:

A voraz porra as guelras encrespando
Arruma a focinheira, e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrados:

Como é inda boçal, perde os sentidos:
Porém vai com tal ânsia trabalhando,
Que os homens é que vêm a ser fodidos.



[SONETO DO PAU DECIFRADO]

É pau, e rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro:

Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:

À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!

Para carvalho ser falta-lhe um U; [carualho]
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu.



Para mais suspiros de surpresa ou excitação e mais impressionantes sonetos desprovidos de pudor, eis aqui o link para tal site. http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/bocage.htm

Impressionem mais pessoas! =D



#TEORIA DE HOJE: Mais vale um soneto erótico na mão, do que um papel de anotações voando! (Viu, Caio?? hahahahahaha! =P)


Obs.: Ouçam sete cousas:

1- The Shins (se você curte uma coisa meio indie relaxante e não-nauseante);
2- Matisyahu (se você curte sons relaxantes e criativos. Atenção para as letras muito interessantes, que, como bom reggae, falam de paz e tranqüilidade de espírito, mas com uma temática tendendo para a religião, afinal o cara é judeu! =P);
3- Gates of Babylon, na voz do Yngwie Malmsteen (se você curte um heavy metal mais pro melódico, mas ainda com seus colhões desapertados! ¬¬ ha-ha.);
4- Carry On My Wayward Son, na versão original, do Kansas. Mas também serve a versão do Malmsteen, só que eu prefiro que os ouvidos destreinados ouçam a prima canção;
5- Smooth Criminal, na versão do Alien Ant Farm (se você é chegado naquelas versões modernas-pesadas-legais de músicas antigas);
6- Disturbed (se você é chegado num som mais new metal, mas ainda com sua virgindade anal. =X ha-ha-ha.);
7- Sua própria consciência e seu coração. O que eles lhe dizem hoje?? Ouça-os e faça menos besteiras enquanto você ainda pode. =}


(voltei a ser eu mesma. ;} )

Au revoir, fuckers! (666)

domingo, 14 de setembro de 2008

Bons Ou Ruins, Ainda Sentimentos. (Part II)

Uh! Meses e meses passaram, mas cá estou com a segunda parte desta excitante "bilogia" (neologismo criado pela falta de um termo decente para uma seqüência formada por somente duas coisas!). Tenho que dizer: BONS SENTIMENTOS NÃO SÃO FÁCEIS DE DISSERTAR SOBRE!! E ainda que eu o faça, sempre faltará algo.


O primeiro sentimento que falarei, pode parecer controverso, mas pensando um pouco mais e olhando-o de perto, não é! =D Analisemos juntos. ;)



1- Saudades:

Não há prova mais vívida e intensa de que estamos vivos e temos uma história para contar do que sentir saudades. Fotos, vídeos e até os misteriosos "déjà vus" não são tão eficazes quanto o nosso arquivo interno, mais conhecido como memória, que pode não só nos trazer sensações como também nos levar a antigas experiências, ressaltando inclusive todos os sentimentos de outrora. Sejam de coisas boas ou ruins, acreditando que tudo acontece por um motivo, memórias provocam momentos nostálgicos e não raro nos enchem de saudades (de alguém, algo ou algum momento em especial).

Acho que a eventual tristeza causada pelas saudades não deve ser tomada por algo ruim, basta você notar que ela sempre vem acompanhada por um nostálgico brilho no olhar de quem prova de tal sentimento.

Enfim, saudades são boas, só não se deve viver delas, afinal o passado fica no passado, deve-se viver no hoje, trabalhando por um futuro. Lembrar com alegria de coisas que já passaram é altamente válido e faz um bem danado para a alma, mas também devemos nos alegrar com o "agora" e com o que podemos levar para o futuro.



2- Alegria:

Não sei se sou a pessoa mais indicada para falar sobre este sentimento, vide minhas dissertações tão entusiasmadas sobre o pessimismo e suas diretrizes!... Mas, se o lance é falar sobre coisas boas, posso vestir minha capa de versatilidade e me manter flexível por um tempo. ;D

Bom, andei pensando sobre a alegria e "empaquei" em uma questão: felicidade é diferente de alegria? Hum... Segundo um dicionário pouco suspeito, ambos são estados de contentamento. Mas até que ponto alguém alegre pode também ser considerado feliz? Será que elas são as duas faces da mesma moeda, ou estou confundindo 10 centavos com 5? Bem, vejamos. Alegria soa superficial e felicidade soa mais profundo; ambos você pode "estar" e ambos você pode "ser"... Não sei por que, mas alegria tem como figura para mim um grande sorriso e felicidade tem como figura um profundo suspiro. Mas em que elas realmente diferem?? Se estou alegre com um resultado, posso dizer que estou feliz com o que consegui, então partindo desta análise rápida, acredito que alegria e felicidade sejam a mesma coisa, só que para cada um elas figuram diferentemente.



3- Carinho:

Afeto, desvelo... Sentir carinho por algo ou alguém é uma coisa boa, certo? O carinho, diferente da paixão (próximo trópico! xD), não espera retorno tampouco cobra algo. Este seria um sentimento brando de cuidado, que é sentido de graça e não raro surge "do nada". Popularmente conhecido como "gostar", o carinho não acontece somente em relações entre seres humanos, pode também ter como alvo um animal ou mesmo aquele presente que você ganhou de alguém especial.

O que este sentimento tem de tranqüilo, tem de passageiro. O afeto, ainda que mútuo, não é suficiente para prender uma coisa ou pessoa a outra coisa ou pessoa. Podendo surgir "do nada", pode desaparecer "do nada", ou então ficar para sempre no subentendido, mas nunca ganhar as proporções de uma paixão ou do amor sem se tornar um destes dois. As vidas das pessoas são permeadas por pequenos afetos, talvez por isso as relações entre elas sejam tão efêmeras. Não digo que sentir carinho seja ruim, muito pelo contrário. É importante valorizar coisas, mesmo que elas não sejam grandes o suficiente para se tornarem paixões ou algo maior. Só que viver de "afetinhos" não completa a vida de ninguém. =T



4- Paixão:

Algumas "gentes" mais desavisadas e mais machucadas emocionalmente diriam que este é um sentimento ruim, mas vou logo dizendo que não, mesmo porque não existem somente paixões de pessoas por pessoas. Eu, por exemplo, sou profundamente apaixonada por cinema, por música e pela natureza, e apesar de ter dito no tópico anterior que a paixão espera retorno, de tais paixões minhas não espero um centavo! Reservo a espera por um retorno somente a paixões de pessoas por pessoas.

Welly-well, vou falar uma coisa sobre as paixões: quando por coisas (cinema e música, por exemplo), elas nos trazem grande alegria e enchem nossos dias de boas vibrações; quando por pessoas, elas também nos trazem alegria, mas esta é extremamente comprometida pelo desejo de reciprocidade. Algumas paixões têm prazo de validade, outras podem durar a eternidade e outras mais vêm e vão, mas não se importam em deixar recados.

Durante os anos de nossas vidas, aprendemos muito com as paixões. Seja por uma paixão não correspondida que lhe deu forças para lidar com a rejeição e dar a volta por cima; seja por uma paixão que não deu certo, mas lhe ensinou a ter paciência e a esperar o que é seu por direito; seja por uma paixão eterna por coisas não-humanas que lhe dá ânimo para passar pela vida e lhe ensina a sentir com mais intensidade; seja por uma paixão efêmera e intensa que lhe dá a certeza de que tudo tem uma razão para acontecer... Seja qual for a paixão e como ela se conclui, ela sempre traz consigo algo importante para as nossas vidas e, sem ela... ah! aí sim a vida seria um erro! =)



5- Amor:

Último e não menos importante. Difícil falar sobre este sentimento em particular, por ser o mais abstrato, profundo, forte e o maior já sentido por um ser. Mães por filhos, maridos por esposas, donos por animais, pessoas por outras tantas mais e todos os "vice-versas" possíveis! Inspirou artistas de todas as modalidades artísticas séculos a fio e nunca saiu de moda! Minha pergunta é: quando entrou em moda?

Duas suposições retiradas dos pensamentos desta jovem autora podem ser jogadas aqui: ou entrou em moda com a vinda de Jesus Cristo e sua pregação sobre "amem-se uns aos outros como eu vos amei", ou entrou em moda com as produções literárias sobre amor à pátria ou amor romântico. A real é que não posso saber quando exatamente isso aconteceu, mas este fato não me impede de questionar a lógica do amor através dos séculos. Onde começa, se termina em algum ponto, quantas vezes pode ser sentido... Muitos defendem fervorosamente que amor verdadeiro só é sentido uma vez na vida e é eterno, mas se existem tantas formas de amar, como pode ser o amor sentido uma única vez?

Sobre sua imortalidade, também posso questionar. Mas para não me exceder em dúvidas, fecho a questão da "imortalidade do amor" com uma afirmação: o amor não acaba, ele se transforma (em decepção, em morte ou em eternidade).

Voltando à sua singularidade, acho que ela também é equivocada e que o amor pode sim ser plural! Mesmo porque se o amor da minha vida estiver em uma guerra lá no Oriente Médio e de repente uma bomba tirar sua vida, pretendo amar outro alguém com uma intensidade boa e verdadeira! =D





#TEORIA DE HOJE: Não existe idéia mais estúpida do que tentar racionalizar sentimentos. A razão não contém boas explicações para a abstração dos sentimentos. Mas toda a estupidez é perdoável se tiver um bom motivo para acontecer. (Será que consegui minha absolvição?? =B)


{ Perdoem a pretensão e a falta de conhecimento e experiência desta que vos fala, somente publico o que penso, e acho que é minha falta de nexo que faz disso tudo uma coisa atraente... Rum [não a bebida, mas a interjeição]! }