segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ciber-espaço, burrice e mentiras.

Dia desses, um conhecido meu disse que blog é coisa de gente que gosta de falar muito, que não se agüenta e tem que passar suas idéias "web a frente"... Eu acho que isso não é certo não! Claro que tem aqueles que gostam de falar pra cacete (muitas vezes coisas inúteis e dispensáveis) e que produzem não só uma, mas várias páginas na internet mostrando toda a sua insignificância para o mundo! Não contentes com um blog, tais seres têm orkuts, fotologs, Flickrs, fóruns e todos os "eteceteras" que você pode imaginar! Mas também existem os tímidos que só se soltam na internet e fazem do blog sua ferramenta-mor de comunicação, ao lado do msn e do orkut. Entram na lista também aqueles que possuem pensamentos e/ou produções literárias dignos de público! (Aí, não querendo ser o que não sou, é onde eu entro. =D)

Tudo bem que a internet é um lugar público e eu não tenho o menor direito de dizer quem pode ou não utilizar-se de seus benefícios e facilidades, mas eu tenho uma vontade (agora não mais) secreta de jogar um vírus bem bomba mesmo no computador de algumas pessoas, para que elas não mais venham nos "presentear" com suas poucas coisas...¬¬ Mas já que internet é terra de ninguém, deixo estar... ... é... tá.



People, fiquei sabendo há pouco tempo que algum retardado assinou um acordo que faz com que o português que nós passamos desgraçados 11 anos aprendendo na escola seja modificado! De todas as toscas modificações, a que mais sinto é a extinção do meu querido amigo trema! Poxa... tenho mó prazer em escrevê-lo, colocá-lo corretamente nas palavras... =( Acho que vou pautar minha vida até 2012 (ano em que o idioma português será oficialmente uniformizado) em uma coisa: utilizar-me do máximo possível de palavras que entrarão nesta nova regra. Mesmo aquelas que nunca me utilizei na vida, tipo "apazigúe", "argúi", "obliqúe", ou aquelas que não são muito do meu vocabulário do dia-a-dia, como "microorganismos", "antiinflamatório", "feiúra", "infra-estrutura", "neo-natal" e outras mais. Mas meu destaque irá para aquelas que contêm meu tão querido trema: aqüífero, lingüíça, agüentar, tranqüilidade, tranqüilo, líqüido, ambigüidade, eloqüência, enxágüe, eqüino, freqüência, freqüente, conseqüência, contigüidade, ensangüentar, etc. Vou utilizar-me delas até em frases que não têm nada a ver, tipo "Eu tava em casa e, bicho, eqüino!", "Fala, líqüido!", "Vou ensangüentar é certo hoje!" ou até mesmo "Aqüífero é o que há!". =] Quem sabe não faço uma blusa "Eu ♥ Trema"...


Pensemos juntos. O idioma de um país é sua cultura. Tudo o que adquirimos por todos os séculos desde antes da colonização até a globalização e a inserção de "estrangeirismos" em nossa linguagem. Retirar as peculiaridades do idioma de cada país é retirar a autonomia cultural de tais! Mais do que isso, é retirar MINHA autonomia cultural, é suprimir algo que tanto nos orgulhamos de ter: diversidade! Além de ser também uma falta de respeito para com as populações dos países "atingidos" por esta "bomba lingüística"! Acordos desse tipo devem ser decididos em plebiscitos! Afinal, não é somente o Estado que sofre ou não com tal medida, o povo também sofre! E como sofre! Aliás, somos os que mais sentirão os resultados do acordo.


Por mim, a economia que se dane! A gente mal vê o que acontece mesmo! Seja por falta de interesse da população ou por filha-da-putice dos governantes, nós nunca estamos realmente a par das situações. E quando estamos, não sentimos as tão aclamadas mudanças... Coisas maiores e mais vitais para o país estão quase moribundas porque o governo federal prefere dar ênfase a coisas que façam o Brasil "brilhar" lá fora, mesmo que seja um brilho fosco e quase imperceptível, mas que dê pelo menos para fingir que o amarelo de nossa bandeira é ouro.¬¬ O Brasil possui problemas internos tão mais urgentes e tão mais preocupantes do que o idioma ser isso ou aquilo, mas o que os nossos governantes querem é agilizar o comércio, para não fazer feio frente aos maiorais mundo afora... O que eles esquecem é que miséria, desemprego e guerras civis também mancham a imagem do país. E como mancham... Mas é como digo, fomos colonizados pelos portugueses, famosos por serem burros, nada mais lógico do que assinarmos um acordo burro com nossos amigos burros colonizados por um povo burro. =) E o que mais me... irrita?... nem sei... talvez só me deixe absolutamente indignada, é que o povo não se indigna! Eles somente dizem "Ah, agora vamos ter que nos informar e aprender o novo português!". AAAAAHHH!! Como dóóói ser conterrânea dessa gente, mamãe! Pelo que vi, publicamente somente os intelectuais da área das Letras falaram mal do tal acordo. Algumas pessoas 'ousaram' dizer-se chateadas por terem que aprender novas regras gramaticais, mas ninguém realmente se indignou!


Mas tenho uma solução, se a alguém interessar: lutar forte pela aprovação da lei que transforma o idioma do Brasil de português para brasileiro! Tudo bem que não será rápido, afinal acabaram de assinar essa porra desse acordo uniformizando o português. Maaas, até 2012, se fôssemos ofensivos e insistentes, quem sabe? Ou mesmo não até 2012, mas até um pouco mais, contanto que a lei seja aprovada e 'corte' a ação dessa nova regra que será estabelecida.


Agora sim vem uma coisa que me irrita: brasileiro só briga pelo que não dá futuro! Se a copa de 2014 fosse transferida para outro país, os brasileiros iam chiar como chaleiras bem aquecidas! Não iam dar sossego ao governo! Altas passeatas pelo direito à copa! Ha-ha-ha. Seria cômico se não fosse trágico. ... Acho que realmente estamos caminhando rumo à Idiocracia! Que triste. {by the way, assistam ao filme Idiocracy, por sinal mais como um prelúdio do que uma forma de entretenimento banal}




Bem, no post passado, "estabeleci contato" com a grande, gloriosa, mas não muito popular verdade. Por mais irônico que pareça, nas últimas duas ou três semanas, tenho sido insistentemente perseguida pela muitíssimo popular e que dispensa apresentações mentira! De repente, todos os filmes, seriados, conversas, companhias, frases e situações continham um fundo falso, uma ponta de 'inverdade' em si.

Uma frase que sempre me chamou atenção sobre a tal mentira é a fala de um personagem que esqueci o nome agora do seriado The L Word. Ele disse: "Há mentiras negras, há mentiras brancas e há vários tons de mentiras cinza..." E de fato, de tanto mentirmos, pelos mais variados motivos, as mentiras ganham tons mais claros ou mais escuros, mas elas continuam presentes em nosso dia-a-dia, e posso dizer que mentir meio que se tornou uma tradição quando se trata de relacionamento humano.

O ato de emitir informações falsas é tão difundido que dá 'pano para manga' para as artes, dá discursos inteiros para pessoas que almejam carreiras políticas (desde presidentes de grêmios estudantis até presidentes da República), e até virou patologia. O mentiroso patológico mente descaradamente, compulsivamente, imotivadamente e indiscriminadamente, e sua doença pode ser chamada de Síndrome de Münchhausen ou pseudologia fantástica.

Santo Agostinho disse que "não há mentira, apesar do que se diz, sem intenção, desejo ou vontade de enganar". Segundo alguns estudiosos que corroboram com o pensamento de Santo Agostinho, mentira não é exatamente o contrário da verdade, mas uma determinada coisa contada no intuito de enganar o interlocutor. O que conta mesmo seria a intenção da coisa contada, a vontade de prejudicar quem ouve a mentira, não um fato falso contado deliberadamente, uma ficção. ... Mas, mais precisamente, onde isso não seria o oposto de 'verdade'?? Onde a mentira não é uma ficção? Ela não condiz com a realidade, certo? Então o que ela não tem de ficção? Se você me diz que as artes não são mentiras mas são ficção, eu rebato: mas artes são artes! Mentiras são informações, arte é cultura. Tá, aí você vem com "Cultura é informação!", e eu te mando à merda! Sim, sim. Passagem de ida e faça bom proveito!¬¬

Ora mais, vejamos. Segundo o dicionário Aurélio, mentir significa "afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, errar no que diz, induzir em erro, enganar". Estaria o Aurélio enganado? Digamos que, tudo bem, para configurarmos com precisão uma mentira devemos ter objetivo, intenção de enganar, não apenas contar uma história aleatória. Digamos que não contar a verdade não seja exatamente mentir... O que seria então?? Puramente contar algo? Ou o famoso 'omitir'? Mas bem que excluo este último, porque ele configura não contar TODA a verdade, mas contar a verdade em parte, sem a intenção de enganar, mas somente de suprimir uma informação que faz parte da verdade contada. O que ainda não responde à minha pergunta: o que seria a mentira senão o contrário da verdade?? Porque até a ficção é uma mentira! Ela não é verdade, que seria então? Nada de super viagens rumo ao desconhecido, dizendo altas coisas metafísicas sobre a mentira, mesmo porque de metafísica ela não tem nada! É coisa humana, sai das bocas humanas, é pensada no cérebro humano e não tem origem sobre-humana ou demoníaca, como algumas pessoas sugerem. Ou, sem querer ser super cética ou coisa parecida, em alguns momentos seríamos nada mais do que marionetes do demo, se você assim acreditar.¬¬



#TEORIA DE HOJE: A verdade é clara, senhores, mesmo que seja sobre a mentira, esta de pernas curtas. Certamente suas 'pernas curtas' dependem do referencial. Para um anão, pernas curtas são mais curtas que as para uma pessoa com tamanho normal ou outra com gigantismo. =]


Obs.: Cousas boas de ouvir:


1- Músicas do Sean Paul e do seu projeto Pitbull. Esta dica vai para quem curte black music com toque meio latino, batidas que te fazem dançar até perder o fôlego e te fazem sentir a pessoa mais sexy da paróquia! =P
2- Músicas do Rammstein. Esta dica vai para quem curte industrial rock alemão, daqueles que o vocal soa como o cara mais macho do mundo! =D
3- Músicas do Das Ich. Também para quem é ligado em industrial rock alemão, só que mais eletrônico e sombrio, que parece te levar para aqueles filmes de vampiros malvados e demoníacos. ;)
4- Enjoy The Silence e It's No good, do Depeche Mode. Para quem é chegado em música dos anos 80 e também em uma melancolia dançante da boa! ;)
5- A voz da atriz Mia Kirshner. Inexplicável. Só ouvindo para saber. Aaarr... incrível.



Au revoir, sons of bitches and daughters of motherfuckers.

{ sem ofensas } 666