quinta-feira, 26 de junho de 2008

Bons Ou Ruins, Ainda Sentimentos (Part I)

Na vida, temos todos os tipos de sentimentos, inclusive alguns que desejamos ardentemente NÃO ter!


Na primeira parte deste assunto, dissertarei sobre os sentimentos negativos. Entre eles, vejamos:


1- Raiva:

Este sentimento possui incríveis e, por que não dizer, igualmente negativas vertentes, tais como ira (apesar de ter ascendido ao posto de "pecado capital", poucos realmente sabem como utilizá-la), fúria (também mal praticada), ódio (extremamente citado entre os extremistas), rancor (sim, sim, é uma vertente da raiva, também conhecida como "raiva latente"), e alguns outros mais.

Mas vale botar em evidência que a raiva é um sentimento muito comum, sendo sentido de diversas formas: reciprocamente entre duas pessoas, reciprocamente entre duas nações, reciprocamente entre duas torcidas, unilateralmente, "platonicamente", etc. O ponto é que, em maior ou menor escala, as "modalidades" da raiva, por assim dizer, são muito comuns e assustadoramente muito apreciadas ao redor do mundo. Todos acabam experimentando deste sentimento um pouco, durante a vida, e ainda existem aqueles que o consideram um sentimento para ser sentido por toda a vida!! {Ürrr... Isso sim é bem assustador! =B }

Mas o que realmente importa nisto tudo é que não é um sentimento imortal e ele pode ser diminuído até que você mal perceba que ele um dia fez parte de sua vida! O único possível fracasso neste plano de "limpeza" é que a mudança é completamente interna e depende total e completamente da pessoa raivosa; tanto de sua vontade de mudar quanto de seus esforços para que toda a raiva (ou uma vertente desta) seja transformada em um sentimento neutro ou positivo (indicado para pessoas em nível de mudança avançado!).



2- Inveja:

Há um pouco de raiva na inveja, mas este é um sentimento com características próprias que lhe conferem uma peculiaridade que merece ser citada neste post.

O ato de invejar não está tão diretamente ligado à vontade de ver o "alvo da inveja" mal, mas sim em sugar da pessoa invejada o máximo que puder para que o invejoso se torne o mais parecido possível com o invejado. Deu para entender? Bem, este sentimento, também um dos sete pecados capitais, possui muitos "adeptos", por assim dizer, por causa da forma como as pessoas se relacionam atualmente. Ou melhor, NÃO se relacionam. É mais fácil querer o que o outro tem do que batalhar pelo que é da própria pessoa, o que lhe foi destinado e que lhe é peculiar. O distanciamento não só físico, mas também emocional entre as pessoas as transformou em gélidas criaturas sedentas por status, dinheiro e pelo que é propriedade alheia! A inveja é uma das campeãs em popularidade, entre todas as idades.

Este dado não é bom e pode ser modificado. Mas será que a sociedade é capaz de reeducar suas criaturas e fazê-las preferir suas próprias identidades a identidades alheias??... Não posso dar certeza, só posso espalhar meus pensamentos e esperar... Próximo tópico!



3- Inferioridade e superioridade:

Pode não parecer grande coisa, mas tanto um quanto outro são extremamente prejudiciais à vida em sociedade! Pensem bem! Sabe aquela pessoa chaaata que se acha melhor em tudo e pensa que o mundo gira em torno dela, ou aquela outra que acha que não é boa em nada e que todos um dia a deixarão sozinha, esperando a morte chegar?? Pois é! Esses são dois exemplos clássicos e claros como o céu de verão dos complexos de superioridade e de inferioridade, respectivamente.

Infelizmente, esses dois complexos são o que pretendem ser: COMPLEXOS! E como toda a complexidade, é difícil de ser compreendida, enfrentada, trabalhada, melhorada e arquivada. Mas não é o fim do mundo! Tá, tá, é beeem difícil... Vamos ver: ambos sofrem de um problema de auto-estima, o primeiro tem muito pouca e o outro a tem demais (1º passo: compreender =D ). Enquanto um precisa de amigos e pessoas que possam dar apoio e o elogiarem, sempre ressaltando o porquê esta pessoa é boa o suficiente para ser feliz na vida, aceitando os altos e baixos; o outro precisa de boas doses de realidade, choques de realidade, eu diria. O segundo precisa saborear dificuldades e infelicidades, os dissabores de uma vida normal, sem atingir o fundo do poço irremediavelmente, mas o suficiente para conseguir se botar no lugar que merece e precisa estar (2º passo: enfrentar)! Os três últimos passos vão de pessoa para pessoa; dependem diretamente de como são afetadas as pessoas envolvidas com os "complexados" (vai essa, na falta de palavra melhor...¬¬ ) e de como eles próprios são afetados pelo seu estilo de vida.



4- Mesquinhez:

Último, mas não menos negativo sentimento desta primeira parte da série "Bons Ou Ruins, Ainda Sentimentos" (huummm, soa importante falando assim! =P ), a mesquinhez é, dos sentimentos antes citados, o mais nojento (opinião da autora =D ). O fato é que, este é um complicado e "difícil de dissertar sobre" sentimento. Mas vamos tentar partir do "popular".

Pessoas mesquinhas são popularmente chamadas de "unha-de-fome" e "mão-de-vaca", entre outros regionalismos não pesquisados e não citados pela então autora deste texto. =)

De qualquer forma, tais pessoas são facilmente encontradas em nosso convívio. Pode ser o dono da padaria, ou a professora da sua escola, ou seus pais (desculpem a ousadia desta pobre mortal. =D ), ou você mesmo (ahá! =P )!! O ponto dos exemplos é puramente dizer PODE SER QUALQUER PESSOA, mesmo aquela que parece tão legal e generosa, mesmo aquela que tem filhos tão bacanas, mesmo aquelas que você jurava serem doces e fazerem inteiramente parte do seu convívio! Essa pessoa pode ser você mesmo, mas não é fácil reconhecer isso com exatidão nem nos outros nem em você, tampouco é fácil admitir, encaremos este fato.

O que faz da mesquinhez um sentimento complicado não é bem a descrição deste ou o reconhecimento dos que a sentem e praticam, mas o que fazer para que ele não mais exista dentro das pessoas, porque o que tal sentimento tem de negativo, ele tem de confortável para aqueles que dele fazem bom(?) proveito... Pensemos bem, é mais fácil se negar a dividir espaço ou comida ou outros bens (duráveis ou não) com alguém do que dividir algo seu, sabendo que aquela parte que antes era sua, agora não mais lhe pertence. E é isso que torna a mesquinhez tão complicada, o fato de que a mudança de seus "adeptos" deve partir de dentro para fora. Apoio externo é importante também, mas somente a pessoa mesquinha decide se ela põe ou não um fim à sua prática.




#TEORIA DE HOJE: Os sentimentos negativos são mais presentes em nosso dia-a-dia do que nós pensamos, e atrás de nós pode haver algum "unha-de-fome" que cultive raiva, inveja e um complexo bem complexo de superioridade (ou de inferioridade). Esta pessoa pode inclusive ser você, mas você não deve começar a se achar a pior pessoa do universo nem achar que está tudo bem, mas ver que nem tudo está perdido, "a bola ainda está em jogo" e você ainda tem salvação! Com apoio das pessoas que lhe rodeiam e uma boa vontade própria, é completamente possível que você trilhe o caminho do sucesso pessoal! ;)