P.S. antecipado: (leia! if you wanna live!! 666 ha-ha)
Se você não assistiu ao filme que será citado neste post e deseja assisti-lo, você deve escolher entre as opções dadas a seguir, antes de, de fato, ler o texto apresentado (encaixando seu perfil em um dos casos):
1- Você lê o texto até o fim, porque não se importa em saber de alguns detalhes que são cruciais para as surpresas que o filme quer que tenhamos (pois contarei coisas que você pode preferir não saber...);
2- Você lê o texto até o fim, porque você nem se importa nem não se importa de saber detalhes do filme. Se ele for bom mesmo, você assistirá de qualquer forma;
3- Você prefere não ler o texto todo (ou prefere simplesmente não lê-lo at all!), porque você é uma mulherzinha e tá super a fim de assistir ao filme e se surpreender com tudo o que ele quiser que você se surpreenda. hâhâ xP
....... Belê? =P Agora, ao post!!
- Estive assistindo a um filme bizarro, bem no estilo "sem saída", mas até interessante nos pontos que ele se propôs adentrar...
O nome: Sublime.
O assunto: O homem de família George Grieves (Tom Cavanagh dos shows Ed e Love Monkey) dá entrada no Hospital Mt. Abbadon para um procedimento de rotina. Quanto ele desperta da anestesia, alguma coisa está terrivelmente errada... com George... com o hospital... e especialmente com a inexpugnável ala leste, um assustador refúgio de segredos, sexo e terrores cirúrgicos. Raw Feed apresenta o assustador thriller psicológico Sublime, dirigido por Tony Krantz (produtor executivo de 24 Horas) a partir de roteiro de Erik Jendresen (Band of Brothers, vencedor do Emmy®). Na melhor tradição dos clássicos contos de terror do cinema, Sublime manterá você em constante expectativa, tentando encaixar as peças que faltam em uma intrigante trama, e o deixará atônito com sua reveladora conclusão. Gráfico, arrojado, sexual e incrivelmente horrorizante, Sublime explora o que acontece quando seus medos se tornam reais. (sinopse retirada da contra-capa do dvd...)
Mas, em minha análise pessoal, digo que ele não é horrorizante no sentido de colocar medo, mas no sentido de ser altamente agonizante. Ele tb não é um filme "assustador", mas... tenso e, para determinada audiência, repugnante. Eu, particularmente, gostei muito, mas realmente o filme é agonizante, psicológico, dotado de mistério e tensão.
Ele nos leva a duas reflexões, e permitam-me ser estraga-prazeres e falar sobre o filme como se vós, leitores, já o tivessem assistido.
Cada reflexão remete a uma parte do filme em especial, que eu posso não reconstruir aqui com riqueza de detalhes, tampouco com dizeres bem delimitados.
Parte I: Logo no início do filme, o protagonista acorda e está agitado. A mulher dele, percebendo sua agitação, pergunta-lhe o que aconteceu. Ele diz que sonhou que estava caindo, daí ela fala sobre a crença de que quando alguém sonha que está caindo e chega a tocar o chão, a pessoa morre. E que ela acreditava que aqueles que morrem dormindo, sonharam que estavam caindo e chegaram ao chão. Já no final do filme, acontece de alguém (vou preservar a identidade da personagem para não ser tão estraga-prazeres assim! =D Felizes?? =} ) realmente morre por ter caído e chegado ao chão, em um sonho. Maaas... foi provocado. A pessoa quis chegar ao chão para morrer.
Reflexão: Oras... essa idéia me pôs a pensar. No poder dos sonhos, no poder do pensamento, no poder da mente humana e no poder do auto-controle. Até que ponto estamos no controle do que acontece em nosso corpo? Até que ponto os sonhos podem interferir em nossas vidas, em nossa atividade extra-mental? Estudos são feitos em cima dos sonhos. Mais e mais experiências empíricas são produzidas todos os dias. Várias idéias e tantos outros questionamentos podem surgir do assunto!... Eu poderia realmente, por um decisivo momento, controlar com sucesso meus movimentos em um sonho?? Se, por uma brincadeira do destino, eu chegasse a tocar o chão depois de cair, em um sonho, eu morreria?? Alguém já chegou ao chão e não morreu? Bem, coisas que não se pode saber ou prever... Esse assunto realmente me intrigou.
Se analisarmos à luz da Psicanálise e chegarmos à conclusão de que os sonhos são a "voz" do inconsciente e que eles são a expressão dos nossos mais profundos desejos, pode-se dizer que o ponto do filme sobre tal sonho é bem relevante... Já quanto à sua veracidade, não se pode afirmar. Até que alguém consiga provar que "morremos ao tocar o chão quando caímos em um sonho", isso fica só em nosso imaginário e em nossas suposições.
Parte II: O protagonista está conversando com seu irmão e este pergunta "Você acha que fez sua mulher feliz?". O protagonista responde "É claro que eu a fiz feliz!". Seu irmão rebate, indagando "Como você sabe? Ela largou o emprego para cuidar dos filhos e lhe apoiar em seu negócio, que inclusive é algo incerto.... Então, como você pode ter tanta certeza de que a fez feliz??". O protagonista respira fundo, olha para a mulher dele e diz "É fácil... Olhando nos olhos dela...". Seu irmão, transtornado, diz "Olhando nos olhos dela?? Como você pode saber disso só olhando nos olhos dela?? Que tipo de resposta é essa?" (e blá e blá e blá...).
Já no final do filme (agora reservo-me o direito anteriormente dado a mim por mim mesma de ser bem estraga-prazeres), o protagonista está passando por torturas indizíveis e completamente agoniantes, só que não na vida real, mas dentro de sua mente, pois ele está em coma. Quando os médicos dizem para a mulher do protagonista que este era contra o prolongamento artificial da vida, ela diz que dentro daquele corpo estava o marido dela e que ela o manteria vivo, pois sabia que ele estava feliz. Como ele estava em estado vegetativo, alguém (esqueci quem!! =X) perguntou como ela sabia disso, e ela disse "Olhando nos olhos dele...".
Reflexão: Bem... essas partes, em conjunto, são até bem tristes!... Porque, porra, eles se utilizaram da mesma "técnica" para dizer que um fazia o outro feliz, mas no final foi muito errado!!... Isso me levou a pensar na singularidade do pensamento humano. Cada cérebro, cada vida, cada pessoa é uma pessoa, um ser singular, com suas manias e conexões cerebrais, sendo feliz ou infeliz, mas, ainda que a estrada seja tortuosa, vivendo sua própria vida!... O protagonista do filme ultrapassou as barreiras da certeza e entrou em um caminho altamente duvidoso, que era se dizer ciente 100% de que fazia sua mulher feliz. Mesmo que ele tivesse razão, ainda assim, foi uma coisa arriscada de se dizer!... Quando ela fez o mesmo, tudo caiu por terra, e podemos então entrar no nível das questões: até que ponto sabemos o que se passa na cabeça das pessoas que nos rodeiam?? Qual é o limite de nossa ciência com relação aos profundos sentimentos que povoam a alma de uma pessoa próxima?? E, ainda que estando quase certos de nossas certezas, como conseguir viver em meio às dúvidas intrínsecas à existência humana??
Sei que o anseio por saber de tudo é também algo intrínseco ao ser humano e que a realidade do 'não saber' sempre nos deixa meio desnorteados. É aí então que procuramos algo para nos segurar, alguma sabedoria incerta que nos deixa mais tranqüilos e nos faz ter o incrível sentimento de possuir algo.
.... Não soa muito bom, não é?? ... humm...
#TEORIA DE HOJE: De tudo o que se duvida, uma coisa é certa: somos seres singulares, ainda que conjugados no plural. O que há em nosso íntimo é algo tão misterioso que nem nós mesmos sabemos por completo. E, arrisco dizer, somos o que emana de nosso inconsciente.
(Sou só eu, ou isso não soou como um fim??!! õ.Ô
Hummm.... ainda que não...
Au revoir, fuckers. 666
*fecha parênteses*
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